segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

U-informe


Black Alien

Uh, uh, tava lá no informe
O mar amanhã vai tá stormy
Eu vou meter a bola onde a coruja dorme
Raggamuffin’pam! No homem de uniforme

Você assume várias formas
De todas as maneiras que puder, você se informa
Pra burlar algumas normas
Atravessar o deserto de gelo
E se banhar depois em águas mornas
Piso pesado no seu pesadelo, assim tipo bigorna
Censurar ninguém se atreve, caldeirão ferve e entorna
Resolve sua parada com quem você deve
Resolve sua parada lá com quem você suborna
Nível de coliformes fecais
Elevou demais os efeitos colaterais
Eram homens que usavam uniforme
Não sei se eram civis, militares ou se federais

Uh, uh, tava lá no informe
O mar amanhã vai tá stormy
Eu vou meter a bola onde a coruja dorme
Raggamuffin’pam! No homem de uniforme

Foi instintivo, ele sacou da pistola mas não mostrou o distintivo
Agora a jovem esposa é viúva de vivo
Seu marido encontra-se em estado vegetativo
Sentença, a presença ostensiva de amadores na ativa, prova viva
De que existe a morte e os convivas
Vários malucos portando armas sem porte e o ódio
Que pára nosso relógio
Descontrole emocional sempre acaba mal e é óbvio
Que é pra não contar com a sorte
Porque prematuramente a vida sempre vai levar um corte

Uh, uh, tava lá no informe
O mar amanhã vai tá stormy
Eu vou meter a bola onde a coruja dorme
Raggamuffin’pam! No homem de uniforme

Não há senso de humor sobre isso
Você e seu caráter submisso e omisso
Mancham de sangue o salão onde eu piso e por isso
Esboço um sorriso com a notícia do seu sumiço
As armas que você carrega
Matam inocentes e colegas
Quebram suas próprias regras desde o início
Negocia arsenais pros seus próprios funerais só por vício
Mística, de não estar na estatística
Páginas policiais de jornais, exames de balística
Patrocínio generais e de caixa dois
De campanhas que começam no comício, e depois?

Uh, uh, tava lá no informe
O mar amanhã vai tá stormy
Eu vou meter a bola onde a coruja dorme
Raggamuffin’pam! No homem de uniforme

domingo, 20 de dezembro de 2009

Amor é Natal


Percebi
Que nem tudo é como imaginei
Senti
E fiquei sabendo das coisas que ainda não sei
Coloquei-me no meu lugar
No alto no topo
Onde sempre quis estar

E na dança dos anjos
Me envolvi
Em suas asas
Descansei em teus seios
Cobri o teu corpo com o meu
Sob o olhar dos olhos seus
Eu acordei...

Anjo que tanto amo
Que tanto gosto
Até demais
Sou o seu oposto
Seu anjo negro
E se quiseres eu serei mais
Do que já sou

Quem luta sempre alcança
Não existe amor sem a dor
Não existe o ódio onde existe amor
Agora vem aqui vou te mostrar
Algo sensacional
Olha as flores sorrindo
O dia cantando as luzes piscando
Pois bem, é natal...

(Ass.: Daniel Augusto dos Santos)

Salve este mundo menino


Zeca Pagodinho
Composição: Bidubi/Brasil/Tuiuti

Eu não tenho nada!
Eu não tenho nada, que alguém possa levar
Eu só tenho a lua e a rua pra morar
Quem me ensinou os traquejos da vida
Me disse que a dor não era tão doída
Se a gente soubesse onde vai acabar

Quem brinca com fogo se queima de fato
Quem vai na corrida de ganso é pato
Cantar de sereia é lenda de pescador
Os anseios da humanidade
O futuro que tem a mocidade
O perfume que exala o cheiro da flor

Salve este mundo, menino
Com o seu coração pequenino
Lhe dou um ensino
Lhe dou um destino

Sou seu peregrino e também professor

Pra sorrir, pra reflorir... extravasar esta dor

Andorinha voou e anunciou
Uma estrela do norte aqui passou
Trazendo alegria, trazendo bonança
E muita esperança pro nosso Brasil

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lá Vai Marola

Zeca Pagodinho
Composição: Serginho Meriti

Pedro Batuque não é de dar mole à tristeza
Ele firma no coro, na casca na mesa.
A sua defesa e seu batucar
Seja em cima do palco ou no meio da praça
Em qualquer lugar onde aglomere a massa
Ele bota na raça o povo pra sambar

Seu batuque vem de Angola
Vem da Guiné
Tem um que de quilombola de candomblé
Quem escuta deita e rola
Homem ou mulher
Sendo assim lá vai marola
Pois Pedro é

O mestre a nos ensinar
Que a gente tem que respeitar
Fazer por onde merecer axé
E so mestre Pedro nos dá
Quando ele começa a tocar
Parece que estamos em Daomé

Seu batuque vem de Angola
Vem da Guiné
Tem um que de quilombola de candomblé
Quem escuta deita e rola
Homem ou mulher
Sendo assim lá vai marola
Pois Pedro é

Produto do nosso quintal
O representante ideal
Da nossa Cultura e da nossa fé
Retrato da nossa nação
Que faz com sua percussão
O país inteiro dizer no pé

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Na segunda vinda


Voltem com seus barcos para o cais
Previsão do tempo: tempestades sinistras e temporais
Porém, vai em frente e faz o que tu queres
É tudo da lei, eu sei, navego há trinta e dois natais
E não só por isso os tratamentos medicinais
Legais ou ilegais, químicos ou naturais
Realize and legalize, suas táticas desleais
Que mantêm o gado no pasto e os burros nos currais
Black Alien in a Rub-a-dub Style
Raggamuffin’ Samurai contra os demônios imorais, vai!

Ah! O seu time campeão, sua escola na avenida
Irmãs e irmãos, talvez numa segunda vinda
O povo não estará ao deus-dará
Devil wants to take control
Government is a murderer
Only you can sell your soul now

Nada escapa Àquele que tudo sabe, que tudo vê
Ele criou tudo, inclusive o mundo, eu e você
Nós criamos a sigla: IRA, ETA, CIA
ONU, OTAN, FBI, D-20, HIV
Bin Laden e Al-Qaeda, George Bush cai da escada
Um alô pra cada moleque da quebrada
Senhora na janela do barraco na favela
Atrás da minha casa, cada chicano de lowrider
No país da carteirada, juízes ladrões
Raízes e tradições, Rasta não trabalha pra sua raça

Ah! O seu time campeão, sua escola na avenida
Irmãs e irmãos, talvez numa segunda vinda
O povo não estará ao deus-dará
Devil wants to take control
Government is a murderer
Only you can sell your soul now

Repensar nossos valores é o que nos resta
Pra aliviar as dores se embriaga numa festa
Recorre aos pastores, o explorador da fé que infesta
Em nome do senhor dos senhores de forma desonesta
Falam em nome do Leão conquistador da tribo de Judah e roubam Robert Nesta
A morte vive, a vida morre, bicho pega se tu corre
Nada disso pra mim presta, o que de bom ’cê leva desta?
Dois mil e quatro babilônia cai, cai
O retorno é de Jedi
Bum bidi, bye, bye, bye…

Ah! O seu time campeão, sua escola na avenida
Irmãs e irmãos, talvez numa segunda vinda
O povo não estará ao deus-dará
Devil wants to take control
Government is a murderer
Only you can sell your soul now


Autor: Black Allien

O trem da madrugada



Ass.:. Daniel Augusto dos Santos

Um novo tempo
Que só traz mais sentimentos
De paz, de alegria
Uma noite estrelada
Uma nova lua cheia
E o trem da madrugada
Imponente vem surgindo

Um novo tempo
Chega agora
E o futuro me espera
Lá fora
E sem pressa eu vou indo

E o tempo que não
Volta mais
E o meu presente que
É demais!
Sem medo vou sorrindo

Cai chuva La fora
Mas o sol não foi embora
La vem o céu azul e lindo
E embora eu me preocupe
Com coisas banais e outras mais
É tempo de festa, eu estou sentindo

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Giramundo- surrealismo


Nasce,renasce, nova ave
morre e ressurge das cinzas ao fogo
aparece do nada
coitado do amor
uma Fênix mau-tratada

o fluxo da vida que eu
não descobri
A máquina do tempo que eu não inventei
Giramundo e...
por favor
no meu mais profundo eu
descubram uma poção mágica
do sincero amor meu
que seja não importa mais
o mundo em guerra
implora por paz
e a paz que eu descobri
perdi
não acharei jamais

Ass.:Daniel Augusto dos Santos